23 maio, 2007

Refletindo um pouco +

AVALIAR, desde o primeiro grau até a Universidade vem sendo entendido como "atribuir notas", graus ou conceitos sem que nós, enquanto avaliadores/educadores, nos preocupemos com o compromisso ético que isso acarreta.Os instrumentos usados para avaliar são freqüentemente confusos, ambíguos, inconsistentes e desvinculados do processo. Prendem-se, muitas vezes a aspectos secundários dos conteúdos e do processo e do aprender descuidando-se dos reais objetivos do ensino e dos dados relevantes que precisariam ser realmente avaliados. A forma escolhida dificilmente verifica se o aluno conseguiu desenvolver processos intelectuais necessários (capacidade de análise, por exemplo), mas se ele conseguiu "dar conta" da tarefa proposta. Uma resposta correta nem sempre é garantia da qualidade do processo intelectual utilizado e, muitas vezes, nem mesmo da ocorrência dele.Geralmente a interpretação dos resultados, atribui a responsabilidade do fracasso aos próprios alunos, em termos de falta de pré-requisitos, desinteresse ou não comprometimento com a disciplina. Não é muito comum o professor usar os resultados para analisar o instrumento que utilizou, modificar certos procedimentos ou repensar sua prática docente, mesmo quando a maioria da classe não atinge os resultados ideais ou "corretos" para ele.

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